10 de dez. de 2007

Depoimento de professora XO

Laptop diminui faltas de alunos

Publicado no Site do Jornal O Estado de São Paulo de 03/09/07

Laptop diminui faltas de alunos e motiva professores no Sul
Escola de Porto Alegre faz parte do programa piloto que oferece um computador por aluno

Elder Ogliari, PORTO ALEGRE

Iniciado há cinco meses, o Programa Um Computador por Aluno (UCA) conseguiu aumentar a freqüência dos estudantes às aulas e animar os educadores da Escola Estadual Luciana de Abreu, em Porto Alegre. “O computador envolve o aluno com o aprendizado, algo que o sistema tradicional não conseguia mais”, diz a vice-diretora Ruth Elaine Umgelter.

Mais informações no site
A escola é uma das cinco escolhidas pelo Ministério da Educação (MEC) para receber os laptops do programa piloto lançado pelo governo federal no início do ano. O projeto foi apresentado ao governo brasileiro em 2005 pelo pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, Nicholas Negroponte, e despertou o interesse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em março, a escola começou a receber as 400 unidades do modelo XO doados pela ONG One Laptop per Child (OLPC), fundada pelo próprio pesquisador. O potencial de aprendizagem com as máquinas está sendo testado para que o governo possa decidir se a iniciativa deve ser ou não ampliada para todos os alunos do País.

Muitos dos alunos da escola de Porto Alegre não conheciam o mundo digital ou só haviam tido contato com computadores na casa de amigos ou em lan-houses. Segundo Ruth, os professores da escola estão mais estimulados por ver as crianças cada vez mais interessadas em participar das atividades escolares do que em ceder às tentações da rua, comos drogas e a marginalização.

Na nova metodologia educacional, o aluno propõe o tema a ser estudado e expõe numa página pessoal, acessível aos professores e colegas, o que sabe, o que quer saber e o que descobre em suas pesquisas. “O estudante estabelece o tema e nós corremos para adequar o conteúdo”, conta Ruth, referindo-se ao trabalho dos professores, que costumavam expor as lições e agora são obrigados a adaptá-las ao assunto estabelecido pelo aluno.

Como exemplo, a educadora cita o tema “borboletas”, a partir do qual os professores terão de passar noções de matemática, ciências, geografia, história e português, entre outras disciplinas da 4ª série. A avaliação é feita tanto pela leitura da página do aluno quanto por provas.

“Descobri que o laptop não serve só para brincar”, revela Tassiane Maciel da Rosa, de 10 anos, enquanto procura informações sobre a dengue e prevenção da doença na internet para abastecer um de seus projetos escolares.

O garoto Cristian Dias da Silva, de 10 anos, optou por pesquisar o corpo humano e tornou sua página uma das mais visitadas da escola. “Ficou mais interessante vir para a aula”, diz, ao lado de Nathália de Oliveira Casilene, da mesma idade, preocupada em salvar fotos de civilizações antigas.

O programa entregou a cada um dos 375 alunos da Luciana de Abreu um laptop do tamanho de um livro, peso de 1,5 quilo e memória de 512 MB. O equipamento pode ser levado para casa, mas é na sala de aula, onde há acesso sem fio à internet, que é mais usado e provocou uma revolução.

Iolanda Dias Perachi, de 11 anos, buscou informações sobre as estrelas. Avançou na astronomia, mas também na matemática, para comparar tamanhos, e na história, para saber que os navegadores de antigamente se orientavam pelo Cruzeiro do Sul.

Luiz Felipe Teixeira, de 10 anos, fez do tema “pedras” o caminho para a descoberta do valor econômico dos minerais, das atividades dos garimpeiros, de guerras e invasões ao longo da História, do uso de adornos por diferentes culturas. “Na internet ficou mais interessante. Na biblioteca era mais difícil, às vezes não tinha o livro.”

‘PROFESSORA DELETADA’

A professora Ivone Teresinha Luciano de Antoni brinca que se sentiu “deletada” quanto teve de mudar o método de ensino. Passado o susto, ela descobriu-se incluída numa rede de solidariedade, na qual, às vezes, assume o papel de buscar uma informação que não existe na hora, para trazê-la na aula seguinte e não deixar o aluno sem

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Jornal O Estado de São Paulo

Projetos Xo

Xo e visão docente 1

Xo sobre a visão docente

Vídeos: Aação docente X Uso do Xo

3 de jul. de 2007

Escola Luciana de Abreu - Projeto UCA/BR

Vejam um vídeo muito interessante sobre o processo de implantação dos laptops educacionais em uma escola pública de Porto Alegre.
Beijos

3 de fev. de 2007

A Tecnologia pode estar ao alcance de todos?

Sim, ela pode estar ao seu alcance. Basta não ter medo ou preconceito, pois todos aqueles que se dispõem a entendê-la de forma proativa poderão desfrutar de seus benefícios.
Apresento a seguir a reportagem: TECNOLOGIA AO ALCANCE DE TODOS, que foi publica na revista Nova Escola de setembro de 2006, trata-se de uma matéria bastante significativa que aborda de forma objetiva propostas em diferentes níveis de complexidade.
Realmente vale a pena ser lida, pois oferece subsídios para a implantação, ou para o aprimoramento, do trabalho com a informática enquanto recurso didático.
Um grande abraço, Maxi
Tecnologia ao alcance de todos
Por: Débora Menezes, de Mangaratiba (RJ) e Joinville (SC)
Aos poucos, os computadores se incorporam ao dia-a-dia das escolas, convidando os professores a repensar suas práticas. Conheça experiências reais que vão dos primeiros passos até os vôos mais altos no mundo digital.
Há uma década, computador em escola brasileira era, quando muito, privilégio de elite. Seu uso praticamente se restringia a processar textos e a internet era novidade absoluta. Hoje esses recursos são os mais básicos de uma enorme gama de opções. As escolas públicas com laboratório de informática ainda são 11% do total, segundo o Ministério da Educação. Mais cedo ou mais tarde, contudo, eles estarão em toda a rede de ensino. Fazer parte dos novos tempos não depende apenas de equipamentos modernos. A interação que eles permitem pede uma revisão dos métodos tradicionais de ensino. Quanto mais se mantiverem os hábitos que relegam o aluno a um papel meramente receptor, menos diferença a tecnologia fará no aprendizado. Em muitas escolas, os computadores ficam durante a maior parte do tempo confinados a salas que só se abrem para aulas de informática, sem se incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da biblioteca ou limitar seu uso ao processo estrito de alfabetização.
Em geral, crianças e jovens sabem aproveitar por conta própria as oportunidades oferecidas pelo mundo digital, ainda que - claro - com propósitos recreativos. Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, dos 32,1 milhões de usuários da rede no país, a maioria é jovem. Alguns professores ficam constrangidos diante dessa desenvoltura, mas não há razão para isso. "O que o estudante quer é ser orientado e ouvido, e não provar que entende mais de computador", diz Léa Fagundes, do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O papel do professor, portanto, é dar um sentido ao uso da tecnologia, produzir conhecimento com base em um labirinto de possibilidades. "O computador trouxe novas situações de aprendizagem que o professor deve gerenciar", diz Silvia Fichmann, da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo. É possível, por exemplo, estimular o raciocínio lógico com jogos virtuais. Ou criar páginas na internet para a garotada publicar seus textos. Nesta reportagem, você vai conhecer experiências de inclusão digital nas escolas, em três estágios de complexidade. No inicial, alunos e professores exploram aos poucos os recursos das máquinas, por meio de jogos e produção de textos e desenhos, além de pesquisas em sites de busca. No nível intermediário, usam-se ferramentas da internet para fazer programas de rádio ou comunicar-se por escrito com outras escolas. Na etapa avançada, a turma constrói produtos com a ajuda de instrumentos como o kit para robótica ou o software para CDs multimídia. Identifique-se, inspire-se e inclua-se!


Acesso em 04 de fevereiro de 2007