Sim, ela pode estar ao seu alcance. Basta não ter medo ou preconceito, pois todos aqueles que se dispõem a entendê-la de forma proativa poderão desfrutar de seus benefícios.
Apresento a seguir a reportagem: TECNOLOGIA AO ALCANCE DE TODOS, que foi publica na revista Nova Escola de setembro de 2006, trata-se de uma matéria bastante significativa que aborda de forma objetiva propostas em diferentes níveis de complexidade.
Realmente vale a pena ser lida, pois oferece subsídios para a implantação, ou para o aprimoramento, do trabalho com a informática enquanto recurso didático.
Um grande abraço, Maxi
Tecnologia ao alcance de todos
Por: Débora Menezes, de Mangaratiba (RJ) e Joinville (SC)
Aos poucos, os computadores se incorporam ao dia-a-dia das escolas, convidando os professores a repensar suas práticas. Conheça experiências reais que vão dos primeiros passos até os vôos mais altos no mundo digital.
Há uma década, computador em escola brasileira era, quando muito, privilégio de elite. Seu uso praticamente se restringia a processar textos e a internet era novidade absoluta. Hoje esses recursos são os mais básicos de uma enorme gama de opções. As escolas públicas com laboratório de informática ainda são 11% do total, segundo o Ministério da Educação. Mais cedo ou mais tarde, contudo, eles estarão em toda a rede de ensino. Fazer parte dos novos tempos não depende apenas de equipamentos modernos. A interação que eles permitem pede uma revisão dos métodos tradicionais de ensino. Quanto mais se mantiverem os hábitos que relegam o aluno a um papel meramente receptor, menos diferença a tecnologia fará no aprendizado. Em muitas escolas, os computadores ficam durante a maior parte do tempo confinados a salas que só se abrem para aulas de informática, sem se incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da biblioteca ou limitar seu uso ao processo estrito de alfabetização.
Em geral, crianças e jovens sabem aproveitar por conta própria as oportunidades oferecidas pelo mundo digital, ainda que - claro - com propósitos recreativos. Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, dos 32,1 milhões de usuários da rede no país, a maioria é jovem. Alguns professores ficam constrangidos diante dessa desenvoltura, mas não há razão para isso. "O que o estudante quer é ser orientado e ouvido, e não provar que entende mais de computador", diz Léa Fagundes, do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O papel do professor, portanto, é dar um sentido ao uso da tecnologia, produzir conhecimento com base em um labirinto de possibilidades. "O computador trouxe novas situações de aprendizagem que o professor deve gerenciar", diz Silvia Fichmann, da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo. É possível, por exemplo, estimular o raciocínio lógico com jogos virtuais. Ou criar páginas na internet para a garotada publicar seus textos. Nesta reportagem, você vai conhecer experiências de inclusão digital nas escolas, em três estágios de complexidade. No inicial, alunos e professores exploram aos poucos os recursos das máquinas, por meio de jogos e produção de textos e desenhos, além de pesquisas em sites de busca. No nível intermediário, usam-se ferramentas da internet para fazer programas de rádio ou comunicar-se por escrito com outras escolas. Na etapa avançada, a turma constrói produtos com a ajuda de instrumentos como o kit para robótica ou o software para CDs multimídia. Identifique-se, inspire-se e inclua-se!
Aos poucos, os computadores se incorporam ao dia-a-dia das escolas, convidando os professores a repensar suas práticas. Conheça experiências reais que vão dos primeiros passos até os vôos mais altos no mundo digital.
Há uma década, computador em escola brasileira era, quando muito, privilégio de elite. Seu uso praticamente se restringia a processar textos e a internet era novidade absoluta. Hoje esses recursos são os mais básicos de uma enorme gama de opções. As escolas públicas com laboratório de informática ainda são 11% do total, segundo o Ministério da Educação. Mais cedo ou mais tarde, contudo, eles estarão em toda a rede de ensino. Fazer parte dos novos tempos não depende apenas de equipamentos modernos. A interação que eles permitem pede uma revisão dos métodos tradicionais de ensino. Quanto mais se mantiverem os hábitos que relegam o aluno a um papel meramente receptor, menos diferença a tecnologia fará no aprendizado. Em muitas escolas, os computadores ficam durante a maior parte do tempo confinados a salas que só se abrem para aulas de informática, sem se incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da biblioteca ou limitar seu uso ao processo estrito de alfabetização.
Em geral, crianças e jovens sabem aproveitar por conta própria as oportunidades oferecidas pelo mundo digital, ainda que - claro - com propósitos recreativos. Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, dos 32,1 milhões de usuários da rede no país, a maioria é jovem. Alguns professores ficam constrangidos diante dessa desenvoltura, mas não há razão para isso. "O que o estudante quer é ser orientado e ouvido, e não provar que entende mais de computador", diz Léa Fagundes, do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O papel do professor, portanto, é dar um sentido ao uso da tecnologia, produzir conhecimento com base em um labirinto de possibilidades. "O computador trouxe novas situações de aprendizagem que o professor deve gerenciar", diz Silvia Fichmann, da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo. É possível, por exemplo, estimular o raciocínio lógico com jogos virtuais. Ou criar páginas na internet para a garotada publicar seus textos. Nesta reportagem, você vai conhecer experiências de inclusão digital nas escolas, em três estágios de complexidade. No inicial, alunos e professores exploram aos poucos os recursos das máquinas, por meio de jogos e produção de textos e desenhos, além de pesquisas em sites de busca. No nível intermediário, usam-se ferramentas da internet para fazer programas de rádio ou comunicar-se por escrito com outras escolas. Na etapa avançada, a turma constrói produtos com a ajuda de instrumentos como o kit para robótica ou o software para CDs multimídia. Identifique-se, inspire-se e inclua-se!
Acesso em 04 de fevereiro de 2007