31 de dez. de 2009

Educação Hi-Tech em 2010? Será mesmo?

Pois é, pois é... mesmo em meio as férias de final de ano empresas como a Intel não paralisam seus planos quanto ao alcance do mercado educacional.

Não estou aqui, em meio a um período tão relax do ano, para fazer apologia a utilização deste recurso tecnológico na educação, mas também não rejeito a idéia. O que mais me preocupa é estar atenta as novas e reais necessidades educacionais. Acredito que como educadores que buscam uma educação de excelência, não podemos deixar de oferecer o melhor. É claro também que não devemos sair em uma corrida desenfreada e alienada, passível de se moldar-se aos ditames do mercado. Mas com a devida cautela e valendo-se de todos os filtros que temos disponíveis, que tal Filipenses 4:8? Podemos acompanhar e avaliar as propostas. E ainda valendo-se da premissa bíblica de reter o que é bom, porque não ficar “antenado” e sair na frente?

De acordo com Santaella (2007) nossos alunos tem apresentado novas perspectivas de aprendizagem. Ao me deparar com nosso dia-a-dia povoado por Iphones, netbooks, telas touchscreen, Internet “itinerante e portátil”[1] , etc., nas mãos de crianças cada vez mais novas, a afirmação da colega me faz sentido.

E porque estou escrevendo este post no dia 30 de dezembro? Será que alguém tem cabeça para pensar em implantação de tecnologia na escola? São dias de relex, de visitar a família, de brincar com as crianças, de caminhar na praia, de acordar mais tarde, de preparar a ceia da virada, de passear com o maridão... Enfim, um período onde o corre-corre da escola parece distante, onde alunos e professores estão desfrutando de suas merecidas e esperadas FÉRIAS!!! Data que em nada lembra o período de planejamento escolar.... Mas, porque essa menina então insiste em falar de laptops na escola?

Escrevo, porque talvez esteja um pouco destoada de meus queridos amigos educadores. E porque destoada? Já respondo. Não estou de férias, na verdade estou esquentando os motores para terminar uma tarefa. Trata-se de minha dissertação de mestrado, que pela graça e capacitação de Deus, entregarei no dia 05 de fevereiro. A propósito, por favor, orem por mim.!!! Heheheheh

Mas, ademais, no entanto, contudo....como estava aqui, a poucos minutos atrás, coletando dados para minha pesquisa, por acaso sobre laptops educacionais, e por me deparar com a notícia que coloco a seguir, resolvi escrever. Sabem por quê? Porque apesar de alguns benefícios, que honestamente vejo com esta tecnologia, me preocupo com a pressão que nossas escolas poderão vir a sentir nos próximos anos para implantar estas máquinas em sala de aula.

Vejam que a Intel quer atingir 0,5 % do mercado em 2010, parece pouco, mas pensando nas dimensões de nosso país isso é bastante. E mais, pensando em municípios como Piraí-SP onde a implantação ocorreu em toda a rede pública, minha preocupação se intensifica. Estamos preparados para atender as expectativas de pais cada vez mais exigentes que procuram nossas escolas? Estamos preparados para “ao menos” apontar alternativas que suplantem a necessidade de se usar um “moderníssinho” laptop educacioanal em sala de aula?


Deixo esta pergunta para você que leu este post ainda no ano velho, ou para você, que encontrou este texto já no ano novo.

Um grande abraço e Feliz Ano Novo, que o Senhor Jesus habite em seu coração, pois Ele em breve voltará. Amém. Vem Senhor Jesus. Ap.22:20

Maxi


Intel quer ampliar atuação em mercado de educação

Com Classmate PC, fabricante de chips quer atingir 0,5% da população educacional brasileira até 2010


Seg, 14 de Dezembro de 2009 17:44

O setor educacional tem recebido atenção especial de alguns fabricantes. No caso da Intel, conhecida por seus processadores, o foco está em uma classe de produtos batizada de Classmate PC. A companhia já teve um grande projeto implantado e que recebeu ampla divulgação recentemente que é o da prefeitura de Piraí, no Rio de Janeiro. Agora, a área responsável pelo ecossistema de educação prevê vôos maiores. Um contrato de porte já está fechado com a cidade de Araucária, região metropolitana de Curitiba, no Paraná, e a implantação deve começar já no próximo ano.
De acordo com o gerente de negócios e ecossistema de educação da Intel Brasil, Alan Markham, o contrato envolve a compra de 3,5 mil Classmate PCs, que são equipamentos similares aos netbooks, mas com design diferenciado, voltados especificamente para estudantes. Trata-se de um avanço, embora as aquisições ainda não atinjam o objetivo da prefeitura local de um computador por aluno, já que a rede conta com 22 mil estudantes.
Mas Markham diz que o investimento em tecnologia pela gestão de Araucária vai além dos Classmates. "Eles compraram 560 netbooks para professores, um data center e quatro servidores. É um projeto bem estruturado." Sobre a sua área dentro da Intel, o gerente diz que as perspectivas para 2010 são as melhores e que o foco da companhia não está apenas nas escolas públicas, embora essas recebam atenção especial pela infraestrutura ser inferior à das instituições particulares.
Atualmente, a Intel conta com cerca de 15 projetos implantados, não necessariamente de grande porte, mas há uma ansiedade por uma ação que, a qualquer momento, pode partir do governo federal. Uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) fará um projeto piloto de um computador por aluno com 300 escolas espalhadas pelos 27 Estados. Serão 500 unidades do produto por escola. "Quando sair, atingiremos 0,2% da população de estudantes do Brasil, nossa meta para 2010 é chegar a 0,5% até o final do ano. Isso daria mais ou menos 400 mil equipamentos."
Markham acredita que, a partir do momento que o governo federal sinalizar de forma positiva para o projeto, existe a possibilidade de haver um efeito cascata e diversos municípios cogitarem programa similar. (Era bem sobre isso que eu estava falando).
O Classmate PC está no Brasil há cerca de três anos e, nesse período, dois fabricantes foram credenciados para a manufatura dos modelos existentes (são dois, um no formato netbook tradicional e outro na versão tablet e também mais caro): Positivo Informática e CCE. No caso do projeto Piraí, a Positivo venceu a licitação. Um dos pontos interessantes é que o comprador decide os sistemas que serão embarcados. As prefeituras de Piraí e Araucária, por exemplo, solicitaram máquinas com o sistema operacional Linux Metasys.

Fonte: http://www.metasys.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=365%3Aintel-quer-ampliar-atuacao-em-mercado-de-educacao&catid=1%3Anoticias-pt&Itemid=50&lang=pt

[1] Aqui cabe um link. Os termos “itinerante e portátil”de minha autoria, referentes a Internet, se devem ao fato de que em minha última viagem ao Paraná, para visitar papai e mamãe, tivemos a companhia de uma adolescente equipada. Ela distraiu-se ao longo dos 700 Kms que separam Florianópolis de Londrina com seu laptop conectado a um modem 3G. É uma realidade nossas crianças, adolescentes e jovens estão cada vez mais conectados... me faz pensar!!!

Um comentário:

Unknown disse...

OI menina tecnológica,
Pois então, hevndo tantos investimentos para implantação de sistemas como este, nossas escola estão dentro dos alvos das empresas, e somos nós os professores que teremos que correr, para se não alcançar pelo menos estar com informações necessárias a altura das exigencias dos alunos. Miserícórdia, e eu que queria aposentar,kkkkkk, enquanto isso, oramos por seu sucesso, e pela volta de Jesus, Te amamos, bj. Ednir